Após a decisão da Ford finalizar a produção no Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cobrou explicações à empresa. Dois empréstimos estão ativos, no valor de R$ 335 milhões, para desenvolvimento de novos veículos e ações sociais. De acordo com o portal de transparência do BNDES, as dez maiores operações da Ford com a instituição somam quase R$ 2 bilhões. A aquisição de novas tecnologias e a exportação de automóveis estão entre as solicitações de auxílio financeiro ao governo federal. Um dos contratos firmados com a Ford, em 2014, custou ao BNDES R$ 178 milhões. O pedido da verba pela concessionária teve como meta desenvolver tecnologias novas e apoiar a aquisição de máquinas e equipamentos para a fábrica de Camaçari (BA). Em nota, a Ford justificou o fechamento por causa dos grandes prejuízos financeiros causados pela atual pandemia e à pouca rentabilidade com a venda dos veículos.
A empresa afirmou ainda que todas as medidas possíveis foram tomadas, até a decisão de finalizar a produção. “A companhia disse que não medirá esforços para minimizar os impactos do encerramento de produção. Combinado a um ambiente econômico desfavorável, a empresa se viu diante de uma grande decisão”, encerra o pronunciamento. Quatro marcas chinesas estariam interessadas em se instalar na fábrica da Ford de Camaçari. Seriam elas: Great Wall Motors, Changan Auto, Gelly e GAC. O Grupo Caoa, do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, estaria por trás para trazer uma das marcas para o país. As informações são da CNN Brasil. Ainda segundo a emissora, a Ford afirmou que facilitará "alternativas possíveis e razoáveis para partes interessadas adquirirem as instalações produtivas disponíveis." Por ser mais nova e já estar totalmente modelada para produzir carros de passeio, Camaçari tem uma vantagem em comparação com a fábrica de São Bernardo do Campo, que era focada na fabricação de caminhões
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