Médicos paralisaram atividades em algumas Unidades de Saúde e Família (USF), em Feira de Santana, nesta quinta (12). Cerca de 47 médicos de mais de 45 unidades aderiram ao movimento em reivindicação do pagamento de salários atrasados.
Os profissionais chegaram a enviar uma carta aberta à prefeitura e às empresas responsáveis com cobrança de dois meses de atraso salarial. As informações são da TV Subaé.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Feira de Santana (SMS) informou que manteve contratos, em 2022, com 7 empresas que são responsáveis pela administração das unidades de saúde do município. “O contrato com as empresas licitadas prevê que essas instituições tenham saúde financeira para cumprir com as obrigações legais, como pagamento de salários de terceirizados e impostos, além da compra de materiais.”
A pasta ainda declarou que tem feitos os repasses às empresas em dia e já notificou judicialmente aquelas que não estão cumprindo o contrato.
“Caso persistam no descumprimento das obrigações, serão adotadas as medidas visando a rescisão dos contratos. Mas precisamos, antes de tomar uma decisão dessa, garantir o atendimento adequado para população que precisa dessas unidades de saúde”, apontou a secretária de Saúde, Cristiane Campos.
O caso é acompanhado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que confirmou o recebimento do expediente e que tomará medidas iniciais para averiguação da procedência dos fatos, “com a expedição de ofício para o Município se manifestar sobre o fechamento de unidades de saúde”.
Problemas estruturais
A Secretaria Municipal de Saúde resolveu fechar temporariamente a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Mangabeira, para solucionar problemas na estrutura da unidade. Os pacientes que precisam de atendimento na região estão sendo direcionados para outras unidades.
No dia 5 de janeiro, a unidade apresentou problemas elétricos e o gerador não funcionou. A situação interrompeu o funcionamento de equipamentos usados em pacientes, inclusive, dos que estavam aguardando regulação. O caso preocupou a SMS, que optou por transferir os pacientes até que o problema seja resolvido.
A Secretaria já está providenciando um laudo completo da situação elétrica da unidade e os reparos na rede. O impacto não foi muito significativo pois a unidade vinha apresentado a queda do atendimento nos últimos dias.
* Fonte Correio da Bahia