Abertas as inscrições para lista de espera do Prouni

Estudantes que não foram selecionados na segunda chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni) terão uma última chance de entrar este ano. Hoje (17) e amanhã (18) estão abertas as inscrições na lista de espera.

O resultado será divulgado na próxima quarta-feira (20). Os selecionados no programa podem receber bolsas de 50% ou 100% em instituições de todo o país.

Documentação

Segundo o Ministério da Educação, os selecionados nessa etapa terão entre os dias 23 e 27 de agosto para comprovar as informações prestadas por meio de documentação. No segundo semestre de 2021, o programa oferece 134.329 bolsas de estudo – 69.482 integrais e 64.847 parciais – em mais de 10 mil cursos de quase mil instituições particulares de ensino superior.

Critérios

Para obter uma bolsa integral, o interessado precisa comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. No caso de bolsas parciais (50%), é preciso comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa da família, de até três salários mínimos.

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CNPq informa restabelecimento da Plataforma Carlos Chagas

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informou nesta segunda-feira (16) que o serviço da Plataforma Integrada Carlos Chagas (PICC) foi restabelecido. O sistema estava indisponível desde 23 de julho.

Segundo o CNPq, com o retorno da plataforma, serão retomadas as submissões de propostas às chamadas que estavam em andamento antes do período de indisponibilidade. Os prazos foram prorrogados. A íntegra das chamadas está disponível no site do conselho.

O conselho informou ainda que o prazo para indicação de novos bolsistas no mês de agosto também será prorrogado. A nova data ainda será divulgada.

Além de dados referentes às bolsas de pesquisa concedidas pelo CNPq, podem ser encontradas na Plataforma Carlos Chagas informações sobre auxílios, encaminhamento de projetos, andamento dos processos, emissão de pareceres, assinaturas de termos de concessão e relatórios técnicos e de prestação de contas.

Plataforma Lattes

No dia 8 deste mês,a Plataforma Lattes, que reúne currículos e informações sobre pesquisadores, voltou ao ar. O sistema tinha caído no dia 23 de julho. 

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PF deflagra operação contra fraudes financeiras e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal (PF) cumpriu hoje (19) quatro mandados de busca e um de apreensão na capital paulista e na cidade de Itaquaquecetuba como parte de uma operação para reprimir crimes contra o sistema financeiro e a lavagem de dinheiro. Os mandados cumpridos em São Paulo estão ligados ao endereço do principal alvo, preso hoje, outros dois, também em São Paulo, são de empresas de fachada e o de busca e apreensão em Itaquaquecetuba está ligado a uma empresa também relacionada com os crimes.

A chamada Operação Evolutio, segunda fase da Operação Black Flag tem o objetivo de esclarecer os crimes financeiros praticados pela organização criminosa identificada na primeira fase e as circunstâncias em que se os crimes aconteceram, causando prejuízo à empresa de fomento mercantil Desenvolve SP, vinculada à Secretaria Estadual da Fazenda e Planejamento de São Paulo.

A Desenvolve SP é uma instituição financeira do governo estadual que oferece opções de financiamento para empreendedores, com prazos mais longos e taxas de juros mais competitivas. Atua para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas paulistas, financiando os projetos de investimento em ampliações e modernizações, aquisição de máquinas e equipamentos e projetos inovadores.

Após a deflagração da primeira fase, em maio deste ano, e a partir da análise dos documentos apreendidos, a PF e a Receita Federal identificaram a participação direta de uma empresa de fachada na obtenção de financiamentos milionários para suposta aquisição de maquinário pela empresa controlada pelos membros da organização criminosa.

“Encontramos na primeira fase um material gigantesco digital relacionado a dezenas de crimes praticados centenas de vezes. Há duas ações penais já em andamento em fase de sentença quatro pessoas continuam presas. Focamos no crime em relação ao Desenvolve porque ali está a origem dos recursos para que a organização criminosa crescesse”, explicou o chefe da delegacia da PF em Campinas, Edson Geraldo de Souza.

Segundo ele, na primeira fase das investigações, a PF entendeu que a Desenvolve-SP foi vítima, porque ainda não se tinha a exata noção de como os crimes haviam sido praticados até então. “Percebemos que não só a Desenvolve como a Caixa e outras instituições financeiras de renome foram vítimas do mesmo golpe. Essas fraudes levaram a empresa de fachada utilizada para os golpes à falência porque era utilizada unicamente para enganar o sistema financeiro gerando milhões em prejuízos”.

O delegado informou ainda que só para a Desenvolve-SP o prejuízo foi de R$ 60 milhões. Durante as investigações foram ouvidas 19 pessoas ligadas a agência, desde o presidente da época até a pessoa que processou os documentos das operações financeiras que foram agora reveladas como fraudes. “A agência tem colaborado com as investigações e apresentado tudo o que é necessário para que entendamos a engenharia que fez com que essa organização criminosa crescesse nos últimos dez anos e chegasse a uma movimentação financeira milionária”.

As investigações apuraram que, para executar a fraude contra a Desenvolve-SP e a Caixa, foram feitos três financiamentos e dois empréstimos utilizando títulos de créditos simulados, com curta duração de validade, como garantia de empresas que não existiam, ou que existiam, mas não transacionavam com empresas ligadas ao grupo.

“As empresas de fachada criavam um cenário de bons pagadores porque usavam o dinheiro do próprio golpe para pagar os títulos. A instituição financeira acreditava que os credores estavam pagando em dia. Dado o prazo de validade eles iam ao banco e substituíam os títulos. Isso foi feito de maneira recorrente até que substituíram por títulos dessas empresas frias impossíveis de localizar. As empresas frias pedem a falência e não pagam os títulos”, disse o delegado da PF, André Almeida.

Segundo a PF, os prejuízos totalizam cerca de R$ 120 milhões.

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Zeca Pagodinho tem alta de clínica onde tratava covid-19 no Rio

O cantor e compositor Zeca Pagodinho, 62 anos, teve alta hoje (19) da Casa de Saúde São José, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, onde estava internado desde o último sábado (14) para tratamento da covid-19.

Em nota divulgada à imprensa, a instituição informou que “o estado de saúde do paciente é bom e ele foi liberado pela equipe médica”.

Nos últimos dias, o artista vinha apresentado evolução clínica boa, sem necessidade de suporte de oxigênio.

Na segunda-feira (16), Zeca Pagodinho chegou a gravar um vídeo agradecendo aos fãs a torcida por sua recuperação. ”Obrigado por todos que oraram e torceram por mim. Já estou acabando o tratamento. O importante é se vacinar para poder se recuperar mais rápido. Em breve estamos aí pelo mundo”, concluiu o cantor.

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Ninguém acerta a Mega-Sena e prêmio acumula em R$ 41 milhões

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.401 da Mega-Sena. O sorteio ocorreu na noite dessa quarta-feira (18), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

Foram sorteadas as seguintes dezenas: 08 – 11 – 13 – 33 – 38 – 48.

A quina registrou 128 apostas vencedoras; cada uma vai pagar R$ 25.058,88. A quadra teve 8.020 apostas ganhadoras; pagando um prêmio por vencedor de R$ 571,34.

O concurso 2.042 será realizado no próximo sábado (21). De acordo com a Caixa, o prêmio está estimado em R$ 41 milhões.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

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Ciclista: dia nacional alerta sobre desafios para trânsito mais seguro

Transformar a dor em uma ação positiva, ainda que em meio a processos muito difíceis, foi a experiência vivida pelo economista Persio Davison, de 73 anos. Da trágica morte de seu filho, Pedro Davison, atropelado por um motorista alcoolizado na chamada faixa presidencial do Eixão Sul, em Brasília, ele viu surgir, em todo o país, um movimento de conscientização e de mudanças de atitudes que, desde então, ajudam a melhorar as estatísticas de ciclistas mortos no trânsito.

Todos os esforços de conscientização culminaram na criação do Dia Nacional do Ciclista, em 19 de agosto.

“O Dia Nacional do Ciclista, para nós, é o dia da morte de nosso filho. Por outro lado, é, para a sociedade, um dia de conscientização e de busca por novos caminhos para a mobilidade. Um dia para lembrar que todos temos de ser protetores de todos, e que a realidade só será menos trágica se nos respeitarmos. Um dia para lembrar que temos o mesmo direito de respeito pela escolha sobre como queremos nos locomover”, disse Persio à Agência Brasil.

Foi no dia 19 de agosto de 2006 que, após participar de um churrasco em comemoração ao aniversário da filha Lulu, de 8 anos, que Pedro, aos 25 anos e com um curso de biologia recém-concluído, optou por fazer algo que estava muito acostumado: “dar um pedal”.

Forma de diálogo

O ciclismo, para ele, era mais que um modal de transporte. Era uma forma de manifestar todo o amor que sentia pela natureza e pela vida. Prova disso foi a viagem que fez a Trancoso, na Bahia. Foram 11 dias pedalando e fazendo novas amizades.

“Pedalar, para ele, era uma forma de diálogo com as populações locais. Ele pernoitava em quintais e na casa das pessoas que ia conhecendo. Meu filho fazia disso um modo de vida”, lembra Persio.

Em outra viagem, acompanhado de dois colegas, passou 45 dias pedalando pelo Tocantins e, no retorno a Brasília, margeou o Planalto Central na direção do Pantanal. “A vocação dele, como biólogo e ambientalista, estava presente também no ciclismo”, afirma Persio.

Após o impacto com um veículo a mais de 110 quilômetros por hora (km/h), o jovem Pedro foi arremessado a uma distância de 84 metros e morreu. O motorista Leonardo Luiz da Costa foi encontrado cerca de meia hora depois, tentando escapar de uma blitz no Setor de Indústria e Abastecimento. Ele estava alcoolizado. Sua placa já havia sido informada por um motociclista que testemunhou o crime. A história do biólogo é contada em um curta-metragem chamado Lulu Vai de Bike. Entre as atividades programadas pela organização não governamental (ONG) Rodas da Vida para o Dia Nacional do Ciclista em Brasília está a exibição do curta, às 19h, Espaço Infinu, na 506 Sul. Para acessar a programação, clique aqui.

“Não é acidente. É crime”

“O Dia do Ciclista é ato político. Teve sua origem, mas não é a ela que se volta e sim à defesa do direito de o ciclista ter sua mobilidade segura e respeitada. O foco está na construção e não nas tragédias de tantas perdas. A mensagem é de mobilização e futuro”, resume o pai da vítima, ao se referir à tragédia que, hoje, simboliza uma quebra de paradigmas.

O que antes era visto como “acidente”, desde então passou a ser percebido, tanto pela sociedade quanto pela Justiça, como “crime”.

“Não há acidentes, há crimes no trânsito. Não são circunstâncias acidentais: são decisões conscientes tomadas por um adulto que decide dirigir acima da velocidade permitida, sob efeito do álcool ou transgredindo qualquer outra norma das boas práticas ao volante”, argumenta a coordenadora administrativa da ONG Rodas da Paz, Joyce Ibiapina.

Toda a mobilização decorrente desse crime praticado contra Pedro Davison favoreceu um ambiente que, dois anos depois, em 2008, resultou em uma legislação que salvou muitas vidas no trânsito: a Lei Seca.

Rodas da Paz

 Ong Rodas da Paz que comemora o Dia Nacional do Ciclista

Persio e Beth Davison, junto à bicicleta que lembra o filho Pedro, no local do acidente – Foto Marcello Júnior/Agência Brasil

Persio lembra que, com a ajuda de organizações como a Rodas da Paz, um movimento tomou conta do país que, por meio do Congresso Nacional, criou leis visando uma “mobilidade respeitosa à vida, com um olhar para os ciclistas e pedestres”. Entre as causas defendidas pelo movimento está “o dever de reconhecimento, pelas leis e pela Justiça, da tipificação de crime no trânsito e a condenação e punição desses crimes pelo Judiciário”.

Na época, lembra Persio, havia o entendimento de que o tombamento impedia a construção de ciclovias em Brasília. “Hoje, o DF lidera a oferta de infraestrutura cicloviária, e a fiscalização mais efetiva tem coibido motoristas transgressores, a direção e o consumo de bebida”.

Em meio à luta pelos direitos dos ciclistas – e ao fato de seu filho ter se tornado um símbolo da causa – Persio e sua esposa, Beth Davison, tornaram-se conselheiros e, no caso dele, vice-presidente da ONG.

“Brasília tem seu simbolismo e cumpre esse papel de incentivo, motivando um movimento nacional para a transformação de nossas cidades e de nossa conduta, de forma a propiciar maior respeito aos ciclistas e aos pedestres, em relação a seus direitos e a uma mobilidade segura”, diz.

Economia, clima e saúde

A ONG desenvolve diversas ações nas quais apresenta a bicicleta como o “mais promissor dos veículos” para enfrentar a crise econômica, climática e de saúde que o país atravessa, agravada pela pandemia.

“O transporte por bicicleta é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela ONU Habitat como alternativa ao transporte coletivo e ao transporte individual motorizado, para que as pessoas façam seus deslocamentos com risco reduzido de contágio pela covid-19 e possam praticar exercícios físicos regularmente, o que aumentou o número de bicicletas no mundo todo”, relata Joyce Ibiapina, do Rodas da Paz.

União dos Ciclistas do Brasil

Outra entidade que atua na defesa dos direitos dos ciclistas é a União de Ciclistas do Brasil (UCB), que tem Felipe Alves como um de seus diretores. A entidade também aproveita a data de hoje para chamar a atenção ao “permanente descaso com ciclistas no trânsito”.

“Descaso por parte de motoristas, motociclistas e, principalmente, do Poder Público, tanto federal quanto estaduais ou municipais, que pouco se esforçam para tornar o trânsito mais seguro no Brasil, seja não atendendo às necessidades dos usuários mais vulneráveis (como pedestres e ciclistas), seja afrouxando as leis de trânsito e as punições previstas para condutores que não cumprem a lei”, declarou à Agência Brasil.

Empregos

As duas entidades destacam que os benefícios do ciclismo vão além da saúde, favorecendo também a economia, inclusive por meio da geração de empregos.

Citando estudo divulgado este ano pela Aliança Bike – que tem por base dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2020 e 2021 – Ibiapina, do Rodas da Paz, diz que, “mesmo com pouco ou nenhum incentivo, o setor de bicicletas é resiliente e pode ser importante vetor para a recuperação da economia brasileira em momentos de crise e fora deles”.

Considerando empregos com carteira assinada em dois setores da economia da bicicleta no Brasil (o industrial e o varejista), o estudo mostra um impacto inicial negativo da pandemia no setor, especialmente em abril de 2020. “Porém, foi verificada uma rápida recuperação nos meses a partir de maio de 2020, e o balanço do setor foi positivo tanto ao longo do ano de 2020 quanto nos dois primeiros meses de 2021”.

Pandemia

A chegada da pandemia favoreceu e ampliou o uso desse modal, o que pode ser percebido pelo aumento de venda de bicicletas, peças, acessórios e serviços como mecânica, o que também é mostrado por outro estudo da Aliança Bike – este citado pelo diretor da UCB.

Os motivos do maior uso da bicicleta como meio de transporte têm tanto fatores econômicos, por ser mais barato, como sanitários, já que é muito mais seguro que transporte público ou por aplicativo em relação à transmissão do novo coronavírus, afirma.

Ele cita também fatores esportivos, de saúde e de lazer, já que a atividade é recomendada mesmo com as restrições e recomendações durante a pandemia, por ser realizada em espaço aberto e com distanciamento das pessoas.

Aumento de sinistros

O crescimento do uso da bicicleta trouxe outro tipo de aumento – o número de sinistros graves, informa a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet).

De acordo com a instituição, houve um “aumento relevante de 30%” no registro de sinistros que exigiram atendimento médico a ciclistas traumatizados nos primeiros cinco meses de 2021.

“Os dados demonstram a importância de termos atenção e iniciativas focadas nesse público. O uso da bicicleta cresceu no Brasil e exige uma abordagem de prevenção ao sinistro”, diz o presidente da Abramet, Antonio Meira Júnior.

Segundo a associação, em janeiro de 2019 foram registrados 1,1 mil sinistros graves com ciclistas, número que subiu para 1.451 em janeiro de 2021, “o mais alto nível no período estudado”.

Os dados avaliados pela associação mostram a evolução dos sinistros graves com ciclistas em todo o Brasil. “Chama a atenção a escalada no registro no estado de Goiás: em 2021, houve um aumento de 240% em relação a 2020, com 406 casos a mais”, diz o levantamento.

Em Rondônia, a incidência de sinistros graves aumentou 113%, e em Sergipe, 100%.

A Abramet avaliou também o perfil dos ciclistas envolvidos em sinistros graves. Cerca de 80% eram homens e a faixa etária predominante é de 20 a 59 anos (60% dos casos).

“A superioridade numérica dos acidentes envolvendo pedestres e motociclistas fez com que os ciclistas fossem negligenciados em relação às políticas de prevenção. Percorrem ruas e estradas, partilhando espaço com veículos pesados. Muitas vezes, sequer sendo percebidos. Comparada a alguém que se desloca em um automóvel, uma pessoa que circula em uma bicicleta tem probabilidade de óbito oito vezes maior”, explica Flavio Adura, diretor científico da Abramet.

Limites de velocidade

 Ciclistas pedalam nas Paineiras, próximo ao Cristo Redentor, após a liberação das vias que estavam fechadas por deslizamentos de terra.

Fernando Frazão/Agência Brasil

A Rodas da Paz tem algumas dicas de segurança que, se seguidas, podem ajudar a tornar a mobilidade do modal cicloviário mais segura, de forma a reverter os números inflacionados pela pandemia e promover uma convivência mais harmônica nas ruas do país.

“Sem baixar a velocidade das vias, é impossível conter a epidemia das mortes no trânsito. Para que seja possível a convivência pacífica e humanizada no trânsito, é necessário a responsabilidade dos condutores de veículos maiores, para que protejam os menores, e a readequação dos limites de velocidade”, afirma Joyce Ibiapina, ao defender investimentos em fiscalização e medidas tecnológicas e de engenharia.

Citando o manual Gestão da Velocidade, elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU), ela diz que as chances de sobrevivência em um atropelamento “diminuem exponencialmente” quando a velocidade de impacto do veículo é maior.

Se a velocidade de impacto do veículo sobre o pedestre for de 32 km/h, as chances de sobrevivência são de 95%. Se a velocidade for 48 km/h, a probabilidade cai para 55%. A partir de 64 km/h, a probabilidade de sobreviver é reduzida a 15%.

“Ciclistas devem trafegar ao lado direito da via, ocupando um terço da faixa e sempre no sentido de circulação regulamentado no local. Para evitar sinistros de trânsito como atropelamentos, os motoristas devem dirigir respeitando o limite de velocidade máxima regulamentada e reduzir a velocidade ao ultrapassar ciclistas, guardando distância lateral de 1,5 metro”, diz a coordenadora da ONG.

Felipe Alves, da UCB, sugere, além da diminuição da velocidade em perímetros urbanos, maior proteção e melhor infraestrutura para ciclistas e pedestres, bem como “investimentos permanentes” em educação para o trânsito. “E, claro, mais rigor nas punições aos infratores”, complementa.

Saiba Mais» Confira série de reportagens “Vamos de Bicicleta” produzida pelo Rádio Nacional:

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Maratona de programação premia projetos com foco em serviços públicos

O Ministério da Economia, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), anunciou hoje (18) a maratona de programação Hackaton Rede +Brasil. O evento busca colaboradores que criem soluções tecnológicas voltadas para a digitalização de serviços públicos que mudem a forma como o governo presta serviços ao cidadão.

O evento, que ocorrerá entre 8 e 15 de setembro, premiará equipes de 3 a 5 participantes, formadas por programadores a partir de 18 anos, que apresentarem projetos dentro de seis temáticas: transparência, transferência de recursos, simplificação de processos, confiabilidade de dados, combate à corrupção e eficiência no setor público.

Dentre os requisitos, os projetos deverão melhorar a integração e comunicação de sistemas já existentes na plataforma +Brasil e permitir que sistemas municipais se comuniquem com sistemas federais – um dos grandes desafios do projeto de digitalização do governo federal. “O objetivo deve ser proporcionar maior transparência, aumento dos mecanismos de participação e controle social e melhoria da qualidade dos serviços públicos”, informa a nota do Ministério da Economia.

As inscrições começam em 23 de agosto e vão até 5 de setembro, e poderão ser realizadas pelo site do evento.

Funcionários do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), do Ministério da Economia e da CGU farão palestras para os interessados para introduzi-los aos sistemas e aos requisitos de desenvolvimento. Equipes participantes também contarão com a mentoria de integrantes do governo federal especializados em desenvolvimento de sistemas e programação em software livre.

Como participar

As inscrições pelo site do evento começam no dia 23 de agosto e vão até o dia 5 de setembro. Os integrantes do ministério, da CGU e do Serpro irão promover palestras para os hackathonistas e participar da banca julgadora e, ainda, como mentores para suporte e orientação das equipes. 

As três soluções vencedoras do Hackathon +Brasil ganham prêmios de R$ 15 mil (primeira), R$ 10 mil (segunda) e R$ 5 mil (terceira). O anúncio dos vencedores será feito no dia 15 de setembro.

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Libertadores: Fluminense encara Barcelona de Guayaquil

Chegou a hora da verdade para o Fluminense. Nesta quinta-feira (19), às 21h30, no Equador, o Tricolor Carioca encara o Barcelona de Guayaquil. Nesta temporada, por enquanto, o jogo mais importante para os brasileiros, que empataram em 2 a 2 o primeiro duelo no Maracanã. Para se classificar, o Flu precisa de vitória simples ou qualquer empate em 3 a 3 ou mais gols.  Novo empate de 2 a 2, leva a decisão para os pênaltis, mas o zero a zero e o 1 a 1 dão a vaga para o Barcelona.

O Flu não vence há cinco partidas e novo revés pode custar o cargo do técnico Roger Machado

“Tivemos um mês muito decisivo, com o volume grande de jogos. Precisamos entrar com a confiança no alto,” disse o treinador.

O provável Flu desta noite engtrará em campo com  Marcos Felipe; Samuel Xavier, Nino, Luccas Claro e Egídio; André, Martinelli, Yago e Nenê; Luiz Henrique e Fred.

Quem avançar às semifinais da Libertadores vai enfrentar o Flamengo.

 

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Agência Brasil explica: talibãs retomam poder no Afeganistão

Depois de 20 anos de ocupação no Afeganistão, os Estados Unidos estão deixando o país. Mas antes mesmo da operação de retirada ser concluída, os talibãs já assumiram o controle da capital, Cabul. A velocidade dos acontecimentos provocou uma avalanche de informações no noticiário internacional. Mas por que os Estados Unidos decidiram colocar fim à incursão militar? E quem são os talibãs? Por que parte da população busca deixar o país conforme revelam as imagens que rodaram o mundo, mostrando um aeroporto caótico?

O Talibã se tornou conhecido como um grupo religioso fundamentalista na primeira metade da década de 1990 e foi organizado por rebeldes que haviam recebido apoio dos Estados Unidos e do Paquistão para combater a presença soviética no Afeganistão, que durou de 1979 a 1989, em meio à Guerra Fria. A chegada ao poder se consolida em 1996, com a tomada de Cabul.

Uma vez no controle do governo, o Talibã promoveu execuções de adversários e aplicou sua interpretação da Sharia, a lei islâmica. Um violento sistema judicial foi implantado: pessoas acusadas de adultério podiam ser condenadas à morte e suspeitos de roubo sofriam punições físicas e até mesmo mutilações. O uso de barba se tornou obrigatório para os homens e as mulheres não poderiam ser vistas publicamente desacompanhadas dos maridos. Além disso, elas precisavam vestir a burca, cobrindo todo o corpo. Televisão, música e cinema foram proibidos e as meninas não podiam frequentar a escola.

Ataque às torres gêmeas

A ocupação dos EUA foi uma reação aos ataques às duas torres gêmeas do World Trade Center, arranha-céus situados em Nova York. Dois aviões atingiram os edifícios em 11 de setembro de 2001, levando-os ao chão e causando quase 3 mil mortes. Os EUA acusaram o Talibã de dar abrigo ao grupo terrorista Al Qaeda, que assumiu a autoria do atentado. Em outubro de 2001, tiveram início as operações militares no Afeganistão. As ruas de Cabul foram tomadas em dois meses. Em 2004, eleições foram realizadas no país e, em 2011, as forças norte-americanas anunciaram a morte de Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda.

Volta dos talibãs

A volta ao poder dos talibãs foi consolidada no domingo (15): o presidente afegão Ashraf Ghani deixou o país e o controle do palácio presidencial foi assumido pelos rebeldes. Tudo ocorreu sem que houvesse resistências.

Diante do cenário, os EUA precisaram acelerar a conclusão do processo de saída do país, em curso desde o ano passado: uma megaoperação para tirar às pressas diplomatas e cidadãos norte-americanos foi montada pelas tropas norte-americanas, que ainda controlam o aeroporto. No entanto, imagens que ganharam repercussão internacional mostraram um caos no local, com milhares de civis desesperados para deixar o país se aglomerando junto aos aviões.

De acordo com Fernando Luz Brancoli, pesquisador e professor do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), durante os 20 anos de ocupação, ocorreu uma ampliação das liberdades civis e alguns setores econômicos se desenvolveram, mas o período também foi marcado por diversas denúncias de corrupção. “Houve grupos políticos que se beneficiaram desse momento, que ganharam prestígio, ganharam dinheiro. Em uma escala menor, tivemos mulheres entrando no mercado de trabalho, ocupando algumas funções governamentais, frequentando as escolas. Mas fica no ar até que ponto essas transformações serão mantidas”, disse.

Nos primeiros discursos, os talibãs têm buscado se apresentar mais moderados. Nessa terça-feira (17), um canal de televisão estatal do Afeganistão levou ao ar o pronunciamento de um porta-voz do grupo. Enamullah Samangani garantiu uma anistia geral para todos e disse que a população deveria regressar à normalidade com confiança. Zabihullah Mujahid, um outro representante do grupo, concedeu uma coletiva à imprensa onde reafirmou que não haverá vingança com quem trabalhou para o antigo governo ou para forças estrangeiras. Ele também disse que as mulheres poderão trabalhar e devem participar da estrutura de governo.

Apesar dos acenos, pesquisadores manifestam ceticismo com uma moderação. “Fico parcialmente desconfiado. A forma de governar do Talibã está muito pautada em práticas de violência e controle. Então, considerando seu histórico, até que ponto eles conseguem pensar a organização do país de outra maneira? Vamos ter que esperar pra ver, mas acho que essa moderação é meramente discursiva”, diz Brancoli.

O cientista político João Paulo Nicolini Gabriel, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), chama a atenção para o uso das redes sociais pelo Talibã, onde divulgam indícios de corrupção. “O que eles querem mostrar nesse primeiro momento é que o governo de Ghani não representava a população”.

O comportamento da população retrata o receio popular. As vias públicas estão mais vazias e parte do comércio mantém as portas fechadas. A vida das mulheres já sofre alguns impactos: muitas estão com medo de sair de suas casas. Em público, homens e mulheres voltaram a usar vestimentas afegãs tradicionais. Não se sabe se centros de estética em Cabul voltarão a funcionar. Cartazes publicitários com mulheres estão sendo apagados das ruas, como mostra uma imagem que se tornou viral nas redes sociais.

Insurgentes, Kabul, Muro , apagam foto de mulheres
Insurgentes, Kabul, Muro , apagam foto de mulheres

Insurgentes apagam foto de mulheres em Cabul – Reuters/KYODO/Direitos Reservados

Mas apesar das imagens com milhares de pessoas reunidas no aeroporto em busca de uma oportunidade de sair do país, Brancoli avalia que a população não possui uma visão homogênea e não há uma repulsa generalizada contra os talibãs. Segundo ele, os moradores das áreas rurais são indiferentes ou apoiam o Talibã e a elite urbana não é tão numerosa.

“Tem que lembrar que o Afeganistão é um país majoritariamente rural. E nas áreas rurais, a população olhava para o governo central de forma muito desconfiada. Muitos consideravam um governo corrupto que não atendia aos seus interesses. Uma das explicações para o avanço tão rápido do Talibã seria, em parte, esse apoio da população local. Não houve grandes resistências nas partes periféricas. E quando chegou em Cabul, onde se esperava uma resistência um pouco maior, o próprio exército parecia que já tinha desistido de lutar e não tinha interesse no conflito. O presidente fugiu”, pontua.

O governo de Ghani, apoiado pelos Estados Unidos, nunca teve 100% de domínio sobre o território do país e os talibãs sempre controlaram algumas áreas. De acordo com João Paulo, o cenário atual revela a incapacidade da política norte-americana de alcançar certos objetivos, o que fez com que a ocupação tenha se arrastado por mais tempo do que se esperava. “Reformularam até o sistema eleitoral do país e não conseguiram garantir uma estabilidade. Ghani tinha dificuldades de manter popularidade. E justamente por isso havia tantos soldados norte-americanos lá”.

Processo de saída

Segundo João Paulo, o processo de retirada das tropas foi influenciado em alguma medida pela opinião pública nos Estados Unidos. “Os gastos militares começaram a ser mais criticados depois da crise econômica de 2008. Há um longo debate, inclusive na academia, sobre a necessidade da intervenção no Afeganistão, o que também pressionava por um plano de evacuação”.

A retirada gradual das tropas norte-americanas foi pactuada no ano passado em um acordo bilateral firmado entre o então presidente Donald Trump e o Talibã. O processo deveria ser concluído até maio desse ano. O grupo afegão se comprometeu a não dar abrigo a terroristas da Al Qaeda e do Estado Islâmico.

Eleito, o presidente Joe Biden assumiu a sucessão de Trump e manteve o processo em andamento, mas alterou o prazo: prometeu encerrar a ocupação até setembro e posteriormente antecipou para agosto. À medida que as forças dos EUA deixavam o país, ocorreu um rápido avanço das forças talibãs sobre as mais diversas cidades.

A velocidade com que os talibãs retomaram o poder gera repercussões políticas nos EUA com grupos de oposição criticando a condução da saída do Afeganistão pelo governo de Joe Biden. No domingo (15), em um pronunciamento público, o secretário de Estado, Antony Blinken, recusou comparações com o fim da Guerra do Vietnã em 1975, quando rodaram o mundo cenas da cidade de Saigon em que se viam diplomatas desesperados para deixar a embaixada dos Estados Unidos diante da aproximação dos vietcongues. “Isto não é Saigon. Fomos ao Afeganistão há 20 anos com uma missão em mente: lidar com as pessoas que nos atacaram em 11 de setembro, e essa missão foi bem-sucedida”, disse Blinken.

Para Brancoli, a rápida recuperação do poder pelos talibãs coloca em cheque os bilhões de dólares investidos pelos Estados Unidos no treinamento do exército afegão. “Os armamentos deixados pelos Estados Unidos vão cair nas mãos dos talibãs. Tem até uma curiosidade: eles tinham lá os Super Tucanos, que são aeronaves construídas no Brasil junto com os Estados Unidos. Agora o Talibã tem acesso a eles. Não sei se vão saber pilotar”, observa.

Nessa segunda-feira (16), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden culpou a relutância do Exército afegão em lutar contra o Talibã. Ele avaliou que nunca existiria um bom momento para retirar as tropas do país.  “A verdade é: isso aconteceu mais rápido do que esperávamos. Então, o que aconteceu? Os líderes políticos do Afeganistão desistiram e fugiram do país. Os militares afegãos desistiram, às vezes sem tentar lutar”, acrescentou.

O que irá acontecer daqui em diante dependerá também dos desdobramentos de geopolítica, isto é, de como os talibãs irão dialogar com o restante do mundo. “Estamos vendo algumas mudanças importantes. O grupo que foi derrubado pelos Estados Unidos há 20 anos está agora virando governo e inclusive sendo reconhecido como governo por alguns países, como é o caso da China. Durante muito tempo, nas discussões sobre a geopolítica da região, se debatia o papel dos Estados Unidos, da Rússia, da Inglaterra. Pela primeira vez, precisamos entender qual será o papel chinês e qual vai ser a política chinesa para a região. Já está claro que os chineses vão negociar com os talibãs”, observa Brancoli.

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Paralimpíada: conheça mais o tênis em cadeira de rodas na Tóquio 2020

O tênis em cadeira de rodas do Brasil contará com sete atletas (duas mulheres e cinco homens) na Paralimpíada de Tóquio (Japão), que vão em busca de uma medalha inédita para o país. As disputas da modalidade terão início no dia 26 de agosto e seguirão até 3 de setembro, no Parque Ariake, na capital japonesa.

As regras da modalidade não diferem muito das seguidas no tênis tradicional, a não ser pelos dois quiques da bola em quadra, antes que o tenista a mande para o lado adversário. Nada impede, no entanto, que os atletas possam devolver a bola após um quique apenas do seu lado da quadra. A contagem de pontos é igual: ganha quem fechar dois sets primeiro.

As raquetes e bolas são iguais ao tênis convencional. Já as cadeiras são adaptadas especialmente para a atividade, de forma que propiciem equilíbrio e mobilidade apurados. 

Os competidores possuem deficiência de locomoção diagnosticada, como perda funcional de uma ou mais partes do corpo. De acordo com o tipo de limitação, o tenista poderá disputar a classe Open/Aberta (para atletas com deficiência em membros inferiores) ou a Quad/Tetra (para aqueles com deficiência a partir de três extremidades).Na divisão Open, homens e mulheres competem individualmente e em duplas, e na Quad há disputas mistas.

O tênis em cadeira de rodas participou como exibição na Paralimpíada de Seul (Coreia do Sul) em 1988, mas a estreia para valer da modalidade ocorreu quatro anos depois, nos Jogos de Barcelona (Espanha). Na edição seguinte, Atlanta (1996), o Brasil fez sua estreia nos Jogos com a dupla formada por José Carlos Morais e Francisco Reis Júnior.

Equipe brasileira

Com exceção do catarinense Ymanitu Silva, de 28 anos, quinto colocado na Rio 2016 na classe Quad, todos os demais representantes brasileiros disputarão a classe Open. O mais experiente do grupo é o paulista Maurício Pomme, de 51 anos, sendo que 22 deles dedicados à modalidade. Esta será a quinta participação paralímpica de Pomme, que tem no currículo a medalha de prata no Mundial do Japão (2016). 

Já a mais nova do grupo é a mineira Ana Cláudia Caldeira, de 23 anos, que começou a praticar tênis em 2014, durante reabilitação após um acidente de carro. A conterrânea Meirycoll Julia da Silva, de 27 anos, também chega aos Jogos pela primeira vez, após dez anos na modalidade (já foi tricampeã em dupla na Semana Gustavo Kuerten e faturou ouro em simples e em dupla no Campeonato Internacional, em Belo Horizonte).

O Brasil conta ainda com Daniel Alves Rodrigues, de 35 anos (bronze no individual dos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019), Rafael Medeiros, de 31 (campeão este ano do Peru Open), e Gustavo Carneiro, de 49 anos, tenista desde criança que passou a competir em cadeira de rodas há pouco mais de três anos, após ter uma perna amputada em decorrência de um câncer. 

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